Capítulo II - Os trabalhos forçados
Todos os dias, bem cedo, Botraks falava aos escravos. No seu púlpito de pedra, alcançado por um pequeno carreiro em semicírculo por entre rochas e árvores vastas, conseguia enxergar todos os seus súbditos e eles não demoravam a olhá-lo com tamanha veneração que mais parecia um deus na terra. Os rituais que se seguiam eram estranhos. A contemplação, depois de um pequeno sinal de Botraks, deixava de ser na direcção deste mas para o alto, numa direcção ao céu, ao sol, a alguma árvore em particular… eram tudo questões que faziam muita confusão no recém-chegado Marohke.